Criada em 1998, durante o I Seminário Estadual de Agricultura Sustentável, realizado em Bacabal, a Rede de Agroecologia do Maranhão (Rama) é uma das mais antigas redes brasileiras de agroecologia.
Formada por diferentes instituições e organizações comprometidas com a preservação e valorização dos meios e modos de vidas de povos e comunidades tradicionais, tem buscado ao longo da sua trajetória fortalecer e difundir a agroecologia como um modelo capaz de fazer frente ao desenvolvimento adotado para o campo maranhense e que tem desestruturado inúmeros grupos cujas formas de vida estão pautadas em outras lógicas e não apenas mediatizadas pelo dinheiro.

Há 23 anos, a Rama se junta às tantas vozes que ecoam de todo o território maranhense denunciando as ameaças praticadas pelo agronegócio, a mineração, a agropecuária, os despejos forçados, e leis que tentam tirar os direitos dos PCTs  e que tem ameaçado a existência de agricultores, indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco babaçu e pescadores que encontram nas matas, rios e florestas as condições que dão significado às suas existências. Mas que também resistem! Através das retomadas dos seus territórios, das derrubadas de cercas, das mobilizações coletivas e de diversas outras formas que os tornam os guardiões da sociobiodiversidade ainda existente no solo maranhense.

A Rama articula diferentes instituições e organizações de agricultores e agricultoras e povos e comunidades tradicionais. Tem na sua estrutura organizacional de tomada de decisão a Plenária Estadual que é realizada a cada dois anos, quando é eleita a coordenação executiva formada por cinco organizações responsáveis pela execução e coordenação das atividades planejadas e cinco grupos de trabalho (GTs) que conduzem as ações dentro das suas respectivas temáticas: o GT de Mulheres, o GT de Juventudes, o GT de Comercialização, o GT de Educação do Campo e o GT de Comunicação.

Rama em Movimento

A Rama é regida por uma Carta de Princípios que estabelece as diretrizes para aceitação e participação das entidades que a compõem, sendo bandeira de luta de todos e todas que fazem parte que os povos e comunidades tenham garantido o direito de preservar suas tradições socioculturais, as quais incluem o reconhecimento e proteção do seu conhecimento tradicional e das suas formas de ser e fazer. Aliado a isso, que seus direitos territoriais e suas formas de organização sociocultural sejam plenamente reconhecidos e respeitados.

Que a Agroecologia seja sempre a luz que nos guia e nos fortaleça para lutar contra a opressão e injustiça na busca do bem viver!

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